segunda-feira, outubro 01, 2007

NACREDITO!

(*) NACREDITO!: Composição de palavras por aglutinação; Locução interjetiva superlativa de espanto; sinônimo de “realmente não acredito”, como se fosse dita por um mineiro.

A expressão NACREDITO!, como fora explicada acima, surgiu certa oportunidade entre roda de amigos, que na época denominávamos Confraria, com suas reuniões religiosamente às quartas-feiras, e todos outros dias, sic, noites, que bem entendíamos, e servia para que pudéssemos expressar através de um único vocábulo o nosso espanto súbito sobre algo que nos fronteava os olhos, e nalgumas vezes, até franzia o cenho. O “realmente não acredito”, que é substituído singularmente pelo NACREDITO!, talvez soasse prolixo de mais para o momento em questão, e nada melhor do que a naturalidade do povo mineiro para expressar espanto demasiado, tornando ainda mais heterogênea a mistura com sua conseqüência natural, ou seja, a preocupação e o estress comum nestes casos.
Durante certa feita a expressão campeou nossos encontros, e muitas outras pessoas apoderaram-se dela, sem que se fosse necessária explicação literal de seu significado semântico, ou prático, bem como trouxe à baila ainda outras expressões do mesmo diapasão, mas isso “são outras coisas”...
Aqui, nestas próximas linhas, o vocábulo NACREDITO! as vezes parece que me salta aos olhos, como se surgisse por vontade própria em meio as minhas linhas e letras, e imprescindível para se possa quantificar a estranheza/espanto cabível então. Poderia, ademais, afirmar que o nexo causal entre o fato citado no texto e suas (tentativas de) explicações, de per si justificaria o fim de torná-la tão recorrente, por isso suas reiteradas ocorrências em cada crônica.
Na verdade, talvez nem seja tudo isso a correta explicação para este termo, mas, como diria Ésquilo, in “A Tempestade”, “... quem sabe as segundas intenções da tempestade?”. Sobre o blog, ademais, o que segue são crônicas sem grandes pretensões literárias, ora reunidas apenas com o intento de externar alguma insatisfação, relatar um fato ou meramente para publicar um texto qualquer. Embora, espero que sirva de algo à alguém, e aí então, eu já sei quem sou, e pra que venho!

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