LAR DOCE LAR
Para tudo, para tudo, para tudo! Não não, isso não é apenas mais um refrão de funk carioca, mas sim minha indignação com os últimos acontecimentos que não me escapam ao olhos nem mesmo quando eu pisco demasiadamente, ou quando fecho os mesmos pra dormir e sonhar com meu pequeno rebento.
Neste final de semana foi o “ó do borogodó”, o paradoxo do trivial. Explico: o prefeito deu entrevista em uma rádio local para dizer que não sabe se o povo baririense precisa de casa popular (não deve saber mesmo, afinal em 8 anos não fez sequer uma choça), e no mesmo dia, manchete do semanário Candeia estampa que a construção civil cresceu 42% em 4 anos, tendo-se em vista as benesses do governo federal, tais como novas linhas de financiamento e por aí vai. A coisa é mais complicada do que parece. Esses números são apenas baseados nos projetos apresentados na casa civil municipal, excluindo-se as construções ilegais (daqueles que não tem como pagar engenheiro). E, ainda contrariando o prefeito local, essas construções deram-se principalmente em bairros populares do município, tais como Brasil 500, Cidade Jardim, Jardim Yang e Esperança. E tem mais, acredita-se que com o surgimento de 3 ou 4 novos loteamentos impulsione ainda mais esses números, afinal, casa popular, não custa relembrar, não saiu nenhuma em 8 anos, e mesmo que saia com um novo prefeito, ainda vai demandar até o final de 2009, e diferentemente do que a administração atual pensa, quem precisa de moradia, precisa hoje!
E ainda temos que ouvir que o povo não precisa de moradia!? Olhe ao seu redor, veja quantos amigos seus têm casa própria? Quantos trabalhadores (com família constituída já) você conhece que pagam aluguel, que gira em torno de 30% da renda familiar? Você mesmo, tem casa própria meu caro leitor, e cara leitora?
Como fora me confidenciado por gerente de grande empresa local, nesta semana, as empresas temem a falta de moradia em Bariri (estima-se um déficit habitacional de aproximadamente 500 famílias), o que pode atrapalhar uma futura expansão em vários setores da industria local, e nem preciso citar nomes das empresas em franca explansão, que deu-se, diga-se ademais, por seus próprios méritos.
E esta estória toda ainda tem um outro lado da questão: se se fossem criadas novas unidades habitacionais populares, o setor imobiliário ainda contribuiria no aumento da geração de empregos com “carteira assinada”, afinal é o setor que mais cresce tendo-se em vista o “marasmo” que encontra-se o comercio local, é só confirmar referida matéria do jornal, ou mesmo o site do CAGED.
Pra não ficar demasiadamente chato, sem horas e sem dores, não esquecei-vos de colocar o vosso nariz de palhaço como sinal de protesto, mesmo na rua ou na fazenda, ou até mesmo numa casinha de sapê.
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