FILOSOFIA DE BUTECO # 3
Mea culpa! Bebi somente por que o bar estava aberto! Porque se estivesse fechado eu ... bem, eu..., eu (acho!) que procurava uma conveniência ou algo parecido!
Ahh! Essas nossas despretensiosas linhas e letras sobre filosofia de buteco, sempre tão profunda quanto um sousplat de porcelana Schmidt (“très chic”, não acham?), quiçá um bowl.
Nem bem chegara a primeira rodada do sacrosanto chopp suado e um destes amigos adeptos das pesquisas e estudos sobre o comportamento do bicho-fêmea nos informara que a média destas sofre 26 anos com os seus cabelos. Aí foi praticamente uníssono: “nacredito!” Claro que em segundo lugar ficaram os sapatos e a escolha da roupa pra ir até a padaria comprar um maço de cigarros (imaginem pra sair e “causar” então!?). Aproveitamos e lembramos que “é osso” não reparar numa cortadinha das pontas ou num clareamento de um tom no loiro-claro-do-piauí que aquele/a super cabeleireira/o fez e ela pagou os olhos da cara. Afh, imaginem a cena!
E falando de mulheres à beira de um ataque de nervos, um amigo recém casado nos alertara que a sua secretária do lar, que até o advento do evento matrimônio era uma seda, agora já está em pé de guerra com a dona patroa, parece até jeans com carrapicho grudado! Conclusão, nunca dá certo duas mulheres em casa, pois se você defender uma leva bronca da outra... “e agora José...? E pra esse nosso amigo não vale a “máxima dos machos-jurubebas” (“sua licença Xico Sá!) de que casar é trocar a admiração de várias mulheres, pela crítica de uma só, aqui no caso são duas!
Ainda sobre esse lance de “relação à dois”, ouvimos numa mesa ao lado, regada de rosas e outras flores da estação, essa pérola digna de compartilhamento: “Sabe esse tal de amor próprio, então, tô ficando com ele, e nossa relação anda uótimaaaa!” O nosso filosofia de buteco tem dia que parece mais guerra dos sexos que qualquer outra coisa, se non é vero!? E nessa tal de guerra nunca haverá um vencedor, haja vista que, vira-e-mexe (literalmente), há confraternização entre os contendores: “na minha ou na sua hoje?”
Nestes dias atrás teve o derby paulista Curíntia e Parmera, e morte e tudo mais que não havia nos tempos em que eu era criança. E aí lembramos quê em Sampa do “tio” Kassab já não pode-se mais fumar em local fechado e proibiu-se o trottoir, agora anda em risco a boemia e, com o andar da carruagem, logo nem vai mais ter futiba no Pacaembu ou outro templo de outrora. Toma tento minha gente, se o fanatismo pelo futebol (ops, leia-se guerras entre torcidas) é sua vida, ela não passa de uma pelada, quiçá mera partida amadora, nunca chegando aos pés de um legítimo “Desafio ao Galo”.
Concluímos, por fim, que o “país do futebol” é um país de definição inerente à geometria: temos problemas angulares (as torcidas organizadas), discutidos em mesas redondas, por um bando de bestas quadradas (sejam os programas televisivos, sejam os governantes e autoridades).
E eis que, devido ao adiantado da hora achamos por bem nos retirar daquele aprazível estabelecimento, mais, só pra contrariar, sempre tem um solteiro que restou por ficar com o singelo argumento de que não poderia ir embora pois “um solteiro não se rende tão cedo”.
E falando em solteiro, outro destes orgulhosos machos-alfa nesta condição lembrou que hoje somos tão monitorados que neste mês gastou tanto no cartão de crédito com chocolate, flores, restaurante, vinhos e jóias que recebeu uma mensagem, pelo celular, da operadora de cartão perguntando: “já comeu ou tá difícil”, hehehe!
Ainda antes de pagar a conta entoamos o manta sagrado: “já que incertos todos os dias, certeza mesmo somente nas nossas noites num boteco qualquer”. Saúde!
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