FILOSOFIA DE BUTECO # 1
Mea culpa! Bebi somente por que o bar estava aberto! Porque se estivesse fechado eu ... bem, eu..., eu acho que ia pra padaria!
Vamos aqui a umas linhas sobre filosofia de buteco (sim ela existe), e é quase sempre tão profunda quanto um prato raso. São histórias que nos dizem muito sobre a condição humana e esta relacionada intrinsecamente ao comportamento masculino. Apenas as conclusões ainda não são lá muito satisfatórias ou resolutivas, se non é vero!?
Primeiramente é de grande valia descrever o ambiente em que nossos devaneios brotam de nossas cabeças pensantes e copo com dois dedos de colarinho: o bar, o boteco ou botequim. Logo te pergunto, existe diferença entre essas terminologias? Of course meus caros companheiros de copo americano. Bar é estabelecimento onde se bebe (ah vá!), geralmente, em pé ou em bancos junto ao balcão e trocando meias verdades com o “vendero”, enquanto Boteco é derivação diminutiva da palavra Botequim, que por sua vez deriva de Bothega, antiga lojinha que vendia de tudo e por isso, enquanto se fazia uma compra, se entornava uns goles e mastigava um tremoço pra salgar a boca e alegrar os 32 dentes, ou quantos quer que sejam no seu caso.
Feita a explicação do vocábulo bar e suas terminologias, o “fundo de cena” destes locais é sempre o mesmo, ou seja, garrafa, copos, bolachas de chopp, “menduim torradim”, homens e mulheres sedentos de bebidas e algo mais, e, como não estamos no campo pra dizer que é o ambiente é bucólico, me arriscaria a dizer que é um tanto quanto “butecólico”. Sei que poderia ter tido outra sorte quanto a essa terminologia, mais não pude perder a semelhança entre as palavras.
A regra número um dos seguidores da seita do boteco perdido é a elegância. Explico: não me venham com essa conversa de que vamos encher a cara de cerva num boteco de esquina qualquer. Isso é degradante à boemia, bem como pode ter interpretações um tanto quanto discriminatórias. Sejamos elegantes, ou seja, o termo correto a ser usado é que “vamos, e ali permaneceremos enquanto nos apetecer, a uma degustação de bebidas em estabelecimento, deveras aprazível, confortavelmente localizado em cruzando de singela rua com vistosa avenida”. Pronto, ficou chique não? Duvido que num primeiro momento alguém vá lhe criticar. E, ademais, isso é uma prova de que elegância, nalgumas vezes é apenas uma questão de semântica.
Mais, sem querer soar muito clichê, mais já o fazendo, o bar e suas companhias é bom mesmo para desanuviar as tensões provocadas pelo estresse acumulado do dia-a-dia “claustrofóbico” (!), e pra um “sem número” de outras finalidades que alguém conseguir enumerar
O boteco, pode-se concluir, enquanto ambiente fraterno, é lugar de rever os amigos e por a conversa em dia, estudar os inimigos, fazer novos (tanto estes, quanto àqueles), ver o mulheril passar cheio de graça, e por que não, vez ou outra se apaixonar por aqueles olhos verdes que faz qualquer chopp esquentar de tanta atenção que merecerem de nossos cansados olhos predadores.
Outro amigo me dizia dia destes (repararam como eu só fico ouvindo, ou que nunca acontece comigo?) que filosofia de boteco não pode ficar escondida debaixo de alguma bolacha de chopp, esperando pra ser redescoberta, visto que a mesma é condição essencial à esclarecer os maiores questionamentos da mente macho-humana, e lógico que estávamos à falar da inquietação do bicho-fêmea e as várias formas de acasalamento, se non é vero!?
Assim já dizia um amigo: “já que incertos todos os dias, certeza mesmo somente nas nossas noites num boteco qualquer”. Saúde, e que seus filhos tenham, assim como o meu, o pai rico e este encontre uma esposa maravilhosa!
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