FILOSOFIA DE BUTECO # 2
Mea culpa! Bebi somente por que o bar estava aberto! Porque se estivesse fechado eu ... bem, eu..., eu acho que procurava outro!
Continuemos com nossas despretensiosas linhas sobre filosofia de buteco, sempre tão profunda quanto um pires, quiçá um prato raso.
Dia destes ouvi essa assertiva em mesa qualquer: “eu cavo, tu cavas, ele cava... não é bonito, mais é profundo!” Bom, nem preciso maiores comentários acerca dessa frase assaz esclarecedora. Agora vamos ao que realmente é sério.
E já que estávamos a falar de coisas profundas, vamos às vantagens levantadas em pesquisa séria do instituto “datachopp”, de se ter criança pequena e cachorro em casa, e a campeã em preferência foi a possibilidade de escovar os dentes, vez ou outra com a pasta Tandy Uva, e lavar os cabelos com shampoo anti-pulgas, se non é vero!?
Mas já que estamos a falar da seriedade dos assuntos assuntados em mesa de bar, em Minas a tradição butequeira respeita os boêmios, como também fora um tempo assim no Rio de Janeiro, exímios admiradores dos conhecimentos adquiridos nas noites de meu bem, e nos dias de sol nascente. Isso porque lá o povo já apreendera que é lícito e politicamente correto discutir ou filosofar sobre assunto que vinha sendo letrado na mesa ao lado, sem maiores delongas ou boiolagens acadêmicas e epistotélicas.
Eis que vez ou outra tem um engraçadinho que grita: “- Hoje não vou tomar uma não, dizer isso é coisa de viado, vou beber é todas...” e lá se vai por água abaixo toda a seriedade exigida em discussões acaloradas ao redor da tulipa sagrada.
E já que o assunto preferido ou é cerveja ou é mulher (e vez ou outra futebol), nunca necessariamente nesta (obrigatória) ordem, com essa estória de que ta proibida no Brasil a venda de próteses de silicone, a solução é recorrer pra “25 de março” e aproveitar as promo de lá: “leve três peitolas e pague duas”... mais vale três do cambio negro do que nenhuma “original”.
Por falar em futiba, soltaram essa pérola entre uma e outra caldereta: Chalita, candidato à prefeito em Sampa já tem apoio de católicos e evangélicos, resta agora apoio da torcida do Curíntia, hehe, se non é vero!?
Política, adoro política! Ando sentindo falta de uma primeira dama lá pros lados de Brasília, ou será que vocês não concordam comigo, na época do Lula Molusco pelo menos havia alguém pra nos entreter entre um e outro “óbvio lulante”... agora só cai Ministro... que graça tem isso? Nem a oposição tem se valido deste achádego!
Piada contra quem faz piada: o Didi, vulgo Renato Aragão, ganhou dia destes o troféu “Rapadura” no prêmio Risadaria 2012 em alusão a sua carreira, e eis que lhes pergunto: será que ele ainda tem dentes pra degustar a iguaria? Ainda, sabem o que ele perguntou quando ficou sabendo que estava concorrendo ao prêmio? “Cuma?” E não para por aí, quem entregou o prêmio foi nada menos que o macho-alfa-beta-gama Falcão... e aí foi uma briga pra ver quem era o mais bonito, bem como pra ver quem ficava com a rapadura nossa de todo dia.
Me lembrei do Didi porque naquela época as piadas eram justamente sobre as minorias e coisa e tal (negros, nordestinos, carecas, gays), e acabamos concluir em mesa de bar que hoje não se pode nem contar piada de portuga que o dona da padaria já vai lá e faz B.O. por discrininação, que dizer então dos outros “bichinhos” e outros personagens que povoam nossas anedotas? Nacredito! Por fim, achamos por bem lembrar que fazer uma simples piada ou brincadeira jocosa nunca deve agredir qualquer classe social. Piadas com respeito, pelamordedeus!
Veio outra rodada, e entoamos nosso mantra sagrado: “já que incertos todos os dias, certeza mesmo somente nas nossas noites num boteco qualquer”. Saúde!
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