ME LEMBRO DELA
Nacredito, parem o mundo que eu quero descer, e olha que eu nem peguei o bonde andando, mas sentei na “janelinha”. Preciso que saibam, todas as vezes que me lembro dela sinto um enorme aperto no coração, mas asseguro-te, não vão me ver chorar por ela. Como as coisas aconteciam tão lindamente, e eu sempre querendo ir alem...
Me lembro, como se fosse ontem, do quanto era feliz, e do quanto não media esforços para tanto, era como se de repente, não me preocupasse com mais nada. Nada de trabalho, estudos, futuro, acho até que esquecera em alguma oportunidade da minha própria família!
O encantamento e a magia notavam-se no brilho do olhar, e tudo acontecia ao meu redor sem que me preocupasse com os problemas que ora vivemos desde aqueles outonos. Acho até que foram os deuses que nos pouparam de tudo isso, prevendo que nem sempre os dias seriam de calmaria, que haveriam tempestades e adversidades outras, e isso hoje é bem mais que noite e dia.
Nacredito, mas me volta à mente, não em raras vezes, quando vejo crianças brincando, do quanto ainda podíamos ser felizes, e do quanto me faz falta a ausência desta ilusão. Gostaria muito de compreender porque ainda sonho tanto com ela. Já não sei se sofro com isso, mas os sonhos ainda habitam o inconsciente nos meus rápidos movimentos involuntários dos olhos.
E os passeios? Foram muitos estes, bem como aquelas conversas onde vislumbrávamos um brilhante futuro, quem sabe até também ladeado por um cão e crianças na santa pax de Dio.
Será então, que ela também não sente saudades minhas? É, porque se fora tão marcante em mim, quem dera não fora indelével a ela? Pois enriqueci em muito suas tardes quentes, iluminei com fartos sorrisos e amor suas noites sublimes, vivemos momentos que, eu sei, não hão de voltar jamais...
Não hão de voltar, e não que eu esteja desejando seu retorno, mas as vezes sinto sua falta! Bem como sei que muitos de vocês também sentem o mesmo, ou ainda, e logo, sentirão. Se non é vero!
É, nacredito, mas eu ainda me lembro muito bem dela. De todos os sorvetes tomados na praça do centro, em frente à Igreja Matriz, num domingo de sol em manhã qualquer. Das várias vezes em que não tínhamos noção do perigo quando das brincadeiras na rua, na chuva ou na fazenda, ou mesmo numa casinha de sapê.
Por fim, sei que minha, não muito longe INFÂNCIA deve guardar mais lembranças que estas meras que coleciono e ora recordo, e assim, sempre relembrando-a, é que volto as vezes às boas recordações do passado, e agradeço e me orgulho por todos amigos que comigo compartilharam singular passagem da vida, e mesmo à aqueles que não fora nos proporcionada naquela época tamanho prazer, sei que tens muita estória a me contar...
Nacredito, percebi que tem mais alguém aí, assim como eu, que em certos momentos ainda sente aquele forte aperto no peito, de saudades de nossa boa e velha INFÂNCIA. Ufa, pensei que fosse apenas comigo.
Só pra não perder o costume, reitero os meus desejos para que seus filhos, assim como o meu, tenham o pai rico, e este logo encontre uma esposa maravilhosa.
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