NACREDITO*
(*) NACREDITO!: Composição de palavras por aglutinação; Locução interjetiva superlativa de espanto; sinônimo de “realmente não acredito”, como se fosse exclamada repentinamente por um mineiro.
Dada a explicação semântica da palavra/expressão NACREDITO!, que reiteradamente as pessoas me perguntam donde surgira, assim o foi em certa oportunidade entre roda de amigos, que na época denominávamos Confraria, com suas reuniões religiosamente às quartas-feiras, e todos outros dias, sic, noites profanas, que bem entendíamos, regadas por um pouco de jogo de cartas, alguma cerveja e muita conversa fiada, e servia para que pudéssemos expressar através de um único vocábulo o nosso espanto súbito sobre algo que nos fronteava os olhos, e nalgumas vezes, até franzia o cenho. O “realmente não acredito”, que é substituído singularmente pelo NACREDITO!, talvez soasse prolixo de mais para o momento em questão, e nada melhor do que a naturalidade do povo mineiro para expressar espanto demasiado, tornando ainda mais heterogênea a mistura com sua conseqüência natural, ou seja, a preocupação e/ou estress comum nestes casos.
Durante certa feita a expressão campeou nossos encontros, e muitas outras pessoas apoderaram-se dela, sem que se fosse necessária explicação literal de seu significado semântico, ou prático, bem como trouxe à baila ainda outras expressões do mesmo diapasão, mas isso “são outras cousas”, como diriam os antigos...
De certo mesmo é que, desde outrora, o vocábulo NACREDITO! as vezes parece que me salta aos olhos, como se surgisse por vontade própria em meio as minhas linhas e letras, e mostra-se imprescindível para se possa quantificar a estranheza/espanto cabível então em referida circunstância fatídica. Poderia, ademais, afirmar que o nexo causal entre o fato citado no texto e suas (tentativas de) explicações, de per si justificaria o fim de torná-la tão recorrente, por isso suas reiteradas ocorrências que às vezes me valho em cada crônica.
Na verdade, talvez nem seja tudo isso a correta explicação para a ocorrência deste termo, entretanto achei que soava bem referidas explicações, e ademais, e como eu não perco uma oportunidade pra citar Shakespeare, como diria Ésquilo, in “A Tempestade”, “... quem sabe as segundas intenções da tempestade?” Se non é vero!
Sobre meus textos que ora montem neste blog, ademais, o que segue são crônicas sem grandes pretensões literárias, ora reunidas, sendo que algumas sequer foram publicadas anteriormente, e valem mais pelo meu tempo escrevendo-as do que, talvez, pelo tempo de muitos lendo-as. Embora, espero que sirva de algo à alguém, e aí então, eu já sei quem sou, e pra que venho!
Nacredito, onde estão meus bons modos? A todos meus sinceros desejos de que seus filhos, assim como o meu, tenham o pai rico e este encontre uma esposa maravilhosa! É vero...
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