quarta-feira, fevereiro 29, 2012

TÍMIDO EU!? MAGINA!

Nacredito, parem o mundo que eu quero descer, e olha que eu nem peguei o bonde andando, mais, reiteradamente me sento na “janelinha”, of course!

“Toda vez que te olho crio um romance....” já cantarolávamos nos anos 90, e desde àquela época muitos de nós olhávamos de soslaio, perguntávamos do tempo e coisa e tal, e a única certeza cartesiana era o grito do (cala a boca) Galvão “Vai que é sua Tafarel”.

Quantos de nós já não nos consideramos um medroso em ocasiões que hoje nem gostamos de lembrar (isso para se dizer o mínimo), e logo aquela vontade íntima de dizer algo, ou falar um simples “oi, tudo bem” vai logo por água abaixo. As vezes nem tem facebook que o baste para se juntar à elite de pessoas super espontâneas, super descoladas e tudo que é super “mais alguma coisa”.

Okey, okey, vamos aos fatos (e contra fatos nem sempre há argumentos), sim, estamos falando da difícil arte da sedução dos pares. Aquela famigerada hora de esquecer papai e mamãe e cruzar a tênue linha que separa as crianças das “gentes grandes”.

Primeiramente cumpre salientar que não existe uma formula mágica ou teoria totalmente comprovada que norteie nossos estudos, mais é vero que todos sempre estão em busca da cantada perfeita. Todo mundo sempre tem uma tática infalível, um olhar arrebatador, mais muita gente tem mesmo é mais estória que ação. Como diria um amigo meu “é muito cococó pra pouco ovo”.

Já perceberam que o quê nos atrapalha é uma espécie de fraqueza? Prestem atenção! (e um minutinho de silêncio em busca da “vaga lembrança”)... estou equivocado!? Resta dizer que fraqueza não deve ser combatida apenas com empolgação e cerveja ou vodka. Em plena era do conhecimento devemos usar um pouco da razão até na hora do assédio.

Diria que existem 3 pontos a serem observados: o sonho/desejo, a estratégia/estudo e principalmente o “estou afim de você, logo, existo”! Do you understand me? Se não vamos por partes, como diria Jack, o estripador: o querer, o sonhar motiva as pessoas à um ideal/objetivo, e aí fica um dica de que quantos mais objetivos, mais difícil a conclusão, non é vero? O lance então é foco! Quanto à estratégia, ou estudo, é simples, caros colegas, basta conhecer a incauta, buscar informações valiosas e processá-las com bom senso e prudência (caldo de galinha também não faz mal a ninguém), afinal todos gostamos quando nossos pares sabem quem somos e a que viemos. E por último, caras pálidas, tem que por a cara à tapa, ou seja, falar o que tem de ser dito, e sinceramente, é a pior das fases, porque nem sempre a sentimos, quiçá a reconhecemos. Em linhas gerais, e sem querer ser grosso, é na hora da cantada que o filho chora e mamãe e papai (ainda bem) não vêem, hehe!

Pra quem espera um fluxograma do “mapa da mina” pode tirar o horse of the rain, porque sou apenas mais um em busca do “Santo Graal” das oportunidades que muitos já deixaram passar e nem se ligaram nisso ainda, talvez nem eu.

Nacredito, mas atentem-se que o mundo não é mais (apenas) dos espertos, é também dos tímidos que visualizam as chances e oportunidades, e não deixam um olhar singelo morrer, nem ignoram um beijo escondido no canto dos lábios daquelas que (muitas vezes) encantam os sonhos de muitos e sonha apenas com aquele lhe crie, não em fábulas, um verdadeiro romance.

“Ta vendo aquela garota lá, toda bela, cheirosa e solteira desde que nos entendemos por machos alfa? Então, ta esperando eu ou você que somos tímidos, ou ainda um dito cara esperto, chegar e dizer naquele ouvidinho todas as coisas que ela gostaria de escutar, e que tanto temos (e tememos) pra falar. Se non é vero...!

Que seus filhos, assim como o meu, tenham o pai rico e este encontre uma dessas garotas maravilhosas, com um beijo escondido no canto dos lábios...

terça-feira, fevereiro 28, 2012

ME LEMBRO DELA

Nacredito, parem o mundo que eu quero descer, e olha que eu nem peguei o bonde andando, mas sentei na “janelinha”. Preciso que saibam, todas as vezes que me lembro dela sinto um enorme aperto no coração, mas asseguro-te, não vão me ver chorar por ela. Como as coisas aconteciam tão lindamente, e eu sempre querendo ir alem...

Me lembro, como se fosse ontem, do quanto era feliz, e do quanto não media esforços para tanto, era como se de repente, não me preocupasse com mais nada. Nada de trabalho, estudos, futuro, acho até que esquecera em alguma oportunidade da minha própria família!

O encantamento e a magia notavam-se no brilho do olhar, e tudo acontecia ao meu redor sem que me preocupasse com os problemas que ora vivemos desde aqueles outonos. Acho até que foram os deuses que nos pouparam de tudo isso, prevendo que nem sempre os dias seriam de calmaria, que haveriam tempestades e adversidades outras, e isso hoje é bem mais que noite e dia.

Nacredito, mas me volta à mente, não em raras vezes, quando vejo crianças brincando, do quanto ainda podíamos ser felizes, e do quanto me faz falta a ausência desta ilusão. Gostaria muito de compreender porque ainda sonho tanto com ela. Já não sei se sofro com isso, mas os sonhos ainda habitam o inconsciente nos meus rápidos movimentos involuntários dos olhos.

E os passeios? Foram muitos estes, bem como aquelas conversas onde vislumbrávamos um brilhante futuro, quem sabe até também ladeado por um cão e crianças na santa pax de Dio.

Será então, que ela também não sente saudades minhas? É, porque se fora tão marcante em mim, quem dera não fora indelével a ela? Pois enriqueci em muito suas tardes quentes, iluminei com fartos sorrisos e amor suas noites sublimes, vivemos momentos que, eu sei, não hão de voltar jamais...

Não hão de voltar, e não que eu esteja desejando seu retorno, mas as vezes sinto sua falta! Bem como sei que muitos de vocês também sentem o mesmo, ou ainda, e logo, sentirão. Se non é vero!

É, nacredito, mas eu ainda me lembro muito bem dela. De todos os sorvetes tomados na praça do centro, em frente à Igreja Matriz, num domingo de sol em manhã qualquer. Das várias vezes em que não tínhamos noção do perigo quando das brincadeiras na rua, na chuva ou na fazenda, ou mesmo numa casinha de sapê.

Por fim, sei que minha, não muito longe INFÂNCIA deve guardar mais lembranças que estas meras que coleciono e ora recordo, e assim, sempre relembrando-a, é que volto as vezes às boas recordações do passado, e agradeço e me orgulho por todos amigos que comigo compartilharam singular passagem da vida, e mesmo à aqueles que não fora nos proporcionada naquela época tamanho prazer, sei que tens muita estória a me contar...

Nacredito, percebi que tem mais alguém aí, assim como eu, que em certos momentos ainda sente aquele forte aperto no peito, de saudades de nossa boa e velha INFÂNCIA. Ufa, pensei que fosse apenas comigo.

Só pra não perder o costume, reitero os meus desejos para que seus filhos, assim como o meu, tenham o pai rico, e este logo encontre uma esposa maravilhosa.


segunda-feira, fevereiro 27, 2012

NACREDITO*

(*) NACREDITO!: Composição de palavras por aglutinação; Locução interjetiva superlativa de espanto; sinônimo de “realmente não acredito”, como se fosse exclamada repentinamente por um mineiro.

Dada a explicação semântica da palavra/expressão NACREDITO!, que reiteradamente as pessoas me perguntam donde surgira, assim o foi em certa oportunidade entre roda de amigos, que na época denominávamos Confraria, com suas reuniões religiosamente às quartas-feiras, e todos outros dias, sic, noites profanas, que bem entendíamos, regadas por um pouco de jogo de cartas, alguma cerveja e muita conversa fiada, e servia para que pudéssemos expressar através de um único vocábulo o nosso espanto súbito sobre algo que nos fronteava os olhos, e nalgumas vezes, até franzia o cenho. O “realmente não acredito”, que é substituído singularmente pelo NACREDITO!, talvez soasse prolixo de mais para o momento em questão, e nada melhor do que a naturalidade do povo mineiro para expressar espanto demasiado, tornando ainda mais heterogênea a mistura com sua conseqüência natural, ou seja, a preocupação e/ou estress comum nestes casos.

Durante certa feita a expressão campeou nossos encontros, e muitas outras pessoas apoderaram-se dela, sem que se fosse necessária explicação literal de seu significado semântico, ou prático, bem como trouxe à baila ainda outras expressões do mesmo diapasão, mas isso “são outras cousas”, como diriam os antigos...

De certo mesmo é que, desde outrora, o vocábulo NACREDITO! as vezes parece que me salta aos olhos, como se surgisse por vontade própria em meio as minhas linhas e letras, e mostra-se imprescindível para se possa quantificar a estranheza/espanto cabível então em referida circunstância fatídica. Poderia, ademais, afirmar que o nexo causal entre o fato citado no texto e suas (tentativas de) explicações, de per si justificaria o fim de torná-la tão recorrente, por isso suas reiteradas ocorrências que às vezes me valho em cada crônica.

Na verdade, talvez nem seja tudo isso a correta explicação para a ocorrência deste termo, entretanto achei que soava bem referidas explicações, e ademais, e como eu não perco uma oportunidade pra citar Shakespeare, como diria Ésquilo, in “A Tempestade”, “... quem sabe as segundas intenções da tempestade?” Se non é vero!

Sobre meus textos que ora montem neste blog, ademais, o que segue são crônicas sem grandes pretensões literárias, ora reunidas, sendo que algumas sequer foram publicadas anteriormente, e valem mais pelo meu tempo escrevendo-as do que, talvez, pelo tempo de muitos lendo-as. Embora, espero que sirva de algo à alguém, e aí então, eu já sei quem sou, e pra que venho!

Nacredito, onde estão meus bons modos? A todos meus sinceros desejos de que seus filhos, assim como o meu, tenham o pai rico e este encontre uma esposa maravilhosa! É vero...

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

GÊNESE

Nacredito, parem o mundo que eu quero descer, e olha que eu nem peguei o bonde andando, mas sentei na “janelinha”. Não me lembro ao certo à quantas da história notara que sabia escrever! Digo “escrever” no sentido de “produção literária”, se é que assim posso chamar as pequenas linhas que tomam meu tempo em frente ao computador. Quem sabe com um pequeno esforço eu me lembre de algo...

“Frente ao monitor, e nacredito, talvez nada pra fazer, em meio as outras coisas que abundavam em minha mente fértil, e logo de inicio, liguei a tomada e o botão. Já havia a luz, talvez fosse um dos primeiros dias, não lembro ao certo. Escrevi então algumas palavras, e vi que isso era bom; apartei então os verbos dos substantivos, e houve adjetivos pra separar os tempos.

Chamei de poema as primeiras linhas que compus, clamando o destino e a melancolia. Nacredito! Exclamei! Eis o primeiro texto! Olhando para o céu, não buscando o “nirvana”, mas fora o sol quem iluminara as trevas, de escritos em sânscrito: o segundo texto.

Juntei, debaixo do céu, em várias narrativas, sentimentos muitos, produziram sementes e frutos que cobriram a erva daninha, e logo vi que era bom. Houve espaço e reticências, após o terceiro texto.

Passaram noites e dias, dos dias, aos meses e ano, estações em luz e estrelas, e o sol e a lua, separados pela noite e pelo dia, assim como hífen em palavras compostas, dois “ésses” separados atônitos pelo fim da folha. E mesmo assim, tudo era bom.

Tive ainda paráfrases em Shakespeare, num outro texto, as idiotices do amor, bem como suas influências planetárias e todos os males desde Verona e a lamina da espada.

Povoei de vida os pensamentos, de grandes sonhos escritos em prosa medieval, citando o esperanto como língua universal, entendida por todos os povos, mera utopia de outrora. E tudo isso ainda me era bom.

De certo só mesmo que Deus nos abençoou, como aos animais, restando a nós as palavras da boca, e o som aos irracionais, para em nossas odes dissertarmos, não mais em latim arcaico, nem mesmo em singular texto, frases feitas, o ópio do trivial.

Tive ainda amores e ódio, em meio às virgulas da oração, explicação desnecessária em frases claras à nossa espécie, e tendo a mulher à semelhança Dele, justamente pra submeter os homens aos caprichos seus. E nacredito, assim ela o fez...

Houve verão e inverno, tese e antítese, risos e lágrimas, montando em crônicas e poesias; formei assim meu exército, aquartelamento de letras e sinais, que juntos tomaram vida, nalgumas vezes a minha.

E num texto qualquer, não creio que fosse o sétimo, rebelaram-se as palavras, para que não findasse a obra, posto que por mais que escrevesse sozinho, elas amontoavam no jardim, com um rio cortando-o em 4 partes: dois átrios, dois ventrículos.

No Éden, de flora literária cíclica, acabamos por comer da arvore do conhecimento, pra ter em prosa nossos poemas vis, depois de enganados, ora pela mulher, desde sempre pela serpente.

E, ao fim, sabedoro do bem e do mal, escrevo letras estas, em páginas em branco, em nosso inferno de cada dia... e toda noite”

Aguardando o dia... maranatha!

Desejo, ademais, que os seus filhos, assim como o meu, tenham o pai rico e que este encontre uma esposa maravilhosa! Se non é vero...

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

NA PAQUERA

A garota me olhava ao longe de soslaio. Toda sorriso aos dentes, e já fiquei cabreiro com aquela cabeça balançando e mexendo as madeixas loiras (pelo menos isso!) de um lado pro outro, e vez ou outra era a mão que fazia o mesmo. Ela se aproximou e vi logo de cara que teria problemas naquela noite:

- Olá, você vem sempre aqui?

- É.

- Não vi nenhuma garota com você até agora, ta sozinho?

- Pois é.

- E esse copo, é cerveja que você ta tomando?

- É.

- Legal o som desta banda não?

- Pois é.

- Então, você não é muito de falar né?

- É.

- Mesmo assim acho que seria legal a gente se conhecer.

(e aquela mão que não deixava os cabelos em paz!)

- Pois é.

- Até o cheiro daqui é bom não?

- É.

- Pena você não ter um amigo pra apresentar pra minha amiga ali...

- Pois é.

- Posso chamar ela pra sentar aqui com a gente...?

- Chama vai. Garçom, outro chope!

Nossa, essa foi pra matar, a ressaca do outro dia foi moral. Devia logo ter respondido às perguntas dela com o que me viesse à mente, assim me livraria daquelas duas sádicas. Podia ter sido mais feliz, enfim, devia ter respondido assim:

- Olá, você vem sempre aqui?

- Não, sou nômade, vivo trocando os lugares que freqüento, assim conheço gente como você.

- Nossa, legal, nunca conheci um nômade! Que é mesmo isso?

- Nacredito!

- Ah deixa pra lá. Não vi nenhuma garota com você até agora, ta sozinho?

- Puts, ainda bem que você percebeu, ninguém tinha notado isso ainda.

- Eu pego as coisas rápido. E esse copo, é cerveja que você ta tomando?

- Imagino que pegue querida. Não é cerveja, é chope, ta vendo alguma garrafa do meu lado?

- Hum, prefiro martine. Legal o som desta banda não?

- Não é uma banda, e uma dupla. Sax e violão. Dueto.

- Verdade né, nunca lembro o nome daquele negócio que a gente põe na boca! Então, você não é muito de falar né?

- Falo o necessário, e com quem valha a pena.

- Mesmo assim acho que seria legal a gente se conhecer.

(que vontade de amarrar aquela mão que não deixava os cabelos em paz!)

- Depende muito da sua expectativa do dia seguinte.

- O que quer dizer com isso? Até o cheiro daqui é bom não?

- Cheiro de glicerina, gelo seco!

- Hum. Pena você não ter um amigo pra apresentar pra minha amiga ali...

- Nacredito, agora vocês vem aos pares?

- Posso chamar ela pra sentar aqui com a gente...?

- Falar não vai mudar alguma coisa, vai? Chama vai. Garçon, Campari duplo!

terça-feira, fevereiro 14, 2012

CARNAVAL 2012 NOS TEMPOS DO FINAL DO MUNDO E PIMENTA NO FACEBOOK ALHEIO É PRA COMPARTILHAR

Nacredito, parem o mundo que eu quero descer, e olha que eu nem peguei o trio elétrico na ladeira do pelô, mas fiz questão de sair furar o cordão da “pipoca”.
“Carnaval, carnaval... eu fico triste, quando chega o carnaval”, como diria Luiz Melodia, mas na verdade mesmo, acho que apenas ele (e uma pequena leva de pessoas) fica realmente triste na época da folia de Momo, enquanto a grande maioria da população brasileira, assim como o índio, quer apito, e “se não der o pau vai é comer”.
Gosto desta também: “quanto riso, oh, quanta alegria... mas de mil palhaços no salão (sic, e mais de um bilhão por todo o Brasil, - grifo nosso!), Arlequim está chorando pelo amor da Colômbina, no meio da multidão...”
Eu sei que tem gente que curte ir acampar, fazer retiros espirituais, uns aproveitam pra viajar, rever parentes e tudo o mais, mais eu gosto mesmo é do tal do burburinho: “Alá lá ô, ôôô ôôô...”
Verdade seja dita, mas pouca gente sabe que o carnaval tem origem justamente na tradição das festas regidas pelo ano lunar do Cristianismo, com origem na Idade Média. Trocando em miúdos, e para que todos entendam, era uma festa de “adeus à carne”, ou, do latim “carne vale”, daí o termo atual Carnaval. Várias populações comemoravam a festa de seu jeito, e de acordo com seus costumes, mas pode-se afirmar que toda esta estória de colocar fantasia e dos desfiles surgiu na França, na sociedade vitoriana do século 19, e daí exportada para todo mundo, e assim como o futebol, quando veio pro Brasil é que virou clamor popular. E como tudo no Brasil ou acaba em pizza, ou samba, com o carnaval não poderia ser diferente, então “chóoora cavaco!”.
Teve ainda toda uma época de romantismo, dos bailes de máscara e do minuet, na época do Renascimento, e hoje, quem diria, carnaval tem até “dança do créu”, “Tchê tcherere tchê tchê”, e outrora teve ainda “dança da garrafa”, “dança da cordinha” e tantos outros lixos alegóricos, como, p.e., a “Lacraia” de madrinha de bateria de escola de samba, e aí eu sou obrigado a um sonoro “nacredito!”.
Hum, que tal um aparte? Abre aspas: “o termo escola de samba, na minha singela opinião (e como diria o Kajuru: fique sempre com a sua!), convenhamos, parece muita pretensão de quem o usa.
Ainda, quanto a sua origem, consta que com a criação da Semana Santa, no século XI, exigia-se que nos 40 dias que a antecedessem fossem destinados ao jejum dos fiéis, o que acabou por incentivar a reunião daqueles que queriam “tirar a barriga da miséria” antes de se entregarem às obrigações da quaresma, ou seja, o povo fez é festa, só pra variar.
Alguém pode estar aí se perguntando: “mais, afinal das contas, como é que se faz pra saber qual a data em que o carnaval vai ocorrer em cada ano?”. A resposta pra isso não é lá muito simples, parece ate problema de matemática (nacredito!), ou como diria um amigo meu, é necessário um curso rápido de astrologia. Tem que se levar em consideração a ocorrência do equinócio da primavera no hemisfério norte (ou, conseqüentemente, do equinócio de outono no hemisfério sul), e uma conjugação de datas a se computar e depois a se subtrair. É mais ou menos assim: o domingo de Páscoa é certo afirmar que cai sempre no primeiro domingo, após a primeira lua cheia, à partir do equinócio (primavera ou outono, dependendo onde se está), ou seja, da entrada da estação; consequentemente, a sexta-feira da Paixão é a imediatamente anterior ao domingo de Páscoa, enquanto a quarta-feira de Cinzas (que tem esse nome devido às cinzas formadas pelos ramos que são queimados no ano anterior pra benzimento dos fiéis) é aquela situada exatamente 47 dias antes do dia do coelhinho de Páscoa, e toda aquela história do coelho que entrega ovos, que simboliza vida, ressurreição e tudo o mais. Entenderam? Espero que sim!
E tem ainda um nome bonito que eu achei na net, que confesso que nunca tinha ouvido falar, para designar o carnaval, espécie de sinônimo, o tal do “Entrudo”, como assim diziam os portugas do século 16. Termo este de advém ainda do uso dos Grandes bonecos (assim como o “bonecão” de Olinda) usados nas aldeias, que chamavam-se entrudos.
Certo mesmo é que hoje o Carnaval de Salvador está no livro dos recordes, assim como o do Rio de Janeiro é a maior festa popular do mundo, e dos paulistas só serve mesmo pra mostrar que paulista sabe sim sambar, mas bom mesmo eu sempre achei a folia no salão do Umuarama (espero que nunca acabe), na querida e insólita Bariri, onde até um certo amigo de “Fausto” usa protetor fator solar 50, se non é vero!?
E, enquanto o bloco não passa, e desfila a tal da “globeleza”, restam aqui meus reiterados desejos e votos de que pequenos foliões, assim como o meu, tenham o pai rico, e este, encontre uma esposa maravilhosa, embora cheios de confete e serpentina, cerveja na mão e dedo indicador em riste, sim senhor!