quinta-feira, julho 05, 2012


FILOSOFIA DE BUTECO # 11

It’s a goal! Mea culpa, tomei todas porque era final de Libertadores, entretanto tenho certeza que se fosse contra o Galo da Comarca também tinha tomado uma pra comemorar!
Hoje mais do que nunca é hora e lugar pra nossa filosofia de buteco, ainda mais em tempos dos quais o evento da noite passada nos remota ao fim dos tempos!
Usemos do #11 nesta epopéia acerca da filosofia em torno do copo americano e assuntos que o cercam, e coisa e tal, por “ene” motivos. Embora não conste da seqüência “Fibonacci”, o onze merece lá seu respeito, pois, alem de ser um número primo, são 11 os jogadores de um time de futebol, e desta feita encerramos todos os motivos pra esse texto ser tão “pontual”.
Hoje o Brasil da amarelinha amanheceu de céu claro e ânimos todos em preto e branco. Há até quem diga que o dia de hoje vai ser internacionalmente lembrado como “Dia de São Nunca”. Sim, aquele das causas inverossímeis, tão temido quanto o patrono co-irmão São Jorge, que ora senta praça na Charles Miller, atônito desde a noite de ontem junto a um seleto bando de loucos. Se non é vero...
Embora hoje vemos um amor bairrista tomar lugar do pretérito amor clubístico ou até “pelézistico” (foi necessária essa licença!), tomam como escudo pra lutar contra o Jorge da Capadócia bandeiras outras àquelas que vestem suas peles, aquecem seu coração e penduram na porta do quarto quando do nascimento de um querido rebento.
Tenho um amigo que diz que pra corno e torcedor que vira a casaca todo castigo é pouco, e agora entendo Dostoievski (Crime e Castigo) e a redenção dos males através da dor e do sofrimento do homem. Nacredito!
O ato de detestar o alvi-negro de parque São Jorge me parece que vem substituindo a sabedoria popular há tempos. Acho que nem o Nazareno fora tão apedrejado fazendo o mesmo, ou seja, o bem àqueles a que amava. E hoje todos já sabem a continuação daquela máxima filosófica “Jesus Salva”: “Jesus salva (keep calm)... passa pra Sheik, que vai pra cima do goleiro, chuta, e é o gol do título!”
A Budweiser estava nevada como nunca, a lua cheia das graças do Jorge, a boca do povo, embora nem tão sobrante dos dentes, postava-se escancarada pela caída do Boca, e calada de tantas outras bocas, dantes sorridentes e de piadas e sortilégios outros. Quem cala consente!
Estava escrito, em letras garrafais, só não viu quem é contra mesmo, ops, quem é cego: “o time com letras IVECO, contra aquele que obviamente seria O VICE”, e não estamos ora a falar do Vasco, que desta vez caiu bem antes, antes inclusive do maior espectador de um tal de Messi! E Neymar, nem o céu, nem a terra, que um dia nos comerá feito uma boca, parou o meu time!
Brincadeiras à parte, é hora do fim do bulling que antes sofríamos! É hora da “inclusão social” chegar à torcida do meu “curintcha”, em plena era do “quero tchu e quero tcha”, é hora da consolidação de uma nova perspectiva sobre os olhares por sobre o time de maior torcida, de maior retorno de marketing/inventimento, e por aí vai... enfim, é hora do bando de loucos emergir da condição de excluídos, pois hoje somos reconhecidos internacionalmente, temos títulos, identidade, seguidores, logo endereço, portanto, queremos nosso lugar à sombra!
Não queremos ser elite! Continuemos bando de loucos... embora o jogo de ontem tenha transformado indefinivelmente a ordem das coisas. Ganhamos não apenas um título, ou o maior da América, e de forma invicta, contra o “papa brasileiros”, ganhamos RESPEITO! E isso é muito bom, e todo corinthiano gosta!
E em face da incerteza quanto aos próximos títulos, um brinde, pois certeza mesmo somente nas nossas noites num boteco qualquer. Hoje não é vai Corinthians, é FOI O CORINTHIANS!

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