FILOSOFIA DE BUTECO #
8
Mea culpa! Chamou truco eu grito
“seeeeis ladrão!” Depois dessa tenho mesmo é que tomar outra lata. Ou seja,
bebi de novo porque tinha churrasco com truco, porque se fosse sanduíche com
churrasquinho grego eu tomava uma tubaína!
Filosofia de buteco, nossas
dúvidas e comportamentos colocados à prova dos nove, bem longe das “fessoras”
de matemática e embaladas por muita cerva gelada. Aí sim heim!?
E tem um amigo meu que diz que
estabilidade é coisa pra carro, ou seja, ninguém ta e muito contente com o que
tem naquele momento. Explico: loira quer ser morena, “crespa” quer chapinha e
escova, lisinha uns cachos e tal, (tem muito) homem que quer ser mulher
(lembrem-se, somos macho-alfa, portanto não corremos esse risco desnecessário,
e sem cabimento, convenhamos!), solteiro quer casar, casado quer ensolteirar e assim
por diante. Ta vendo, ele tem lá suas razões, i.e., estabilidade é coisa pra
carro mesmo, e não se fala mais nisso, oka? E já que estávamos a falar dos
famigerados e mui invejados solteiros, acabamos por concluir, ainda com
“bigode” de chopp por sobre o lábio superior, que o melhor de tudo em ser
solteiro é poder escolher de que lado da cama levantar todos os dias, o resto é
conversa fiada. Se non é vero...
Como se vê, a noite tinha tudo
pra ser outra destas desperdiçadas se não fosse o “amendoim torradin” e as cervejas,
quase congelando em face ao frios destas ultimas noites.
Mais pra mostrar que os assuntos
da noite não iam ser discutidos em vão, travamos um empolgado debate onde
concluímos que essa gente que diz “um beijo no coração, e blá blá blá” só perde
mesmo pra quem faz “coraçãozinho com as mãos”, deixando em terceiro lugar,
quase que comendo poeira, àqueles outros ilustres personas que agradecem com as
mãos unidas, quase que rezando uma “Ave Maria”. Deixa pra lá, nem vamos perder
tempo em dizer que esse gesto, das mãos juntas serve para mostrar submissão ao
império e dominação romana e coisa e tal. Ia ficar muito geek o papo.
Em meio a outro pedido pro
garçom, e não sabíamos se vinha chopp ou cerveja, aí então o papo descambou pra
uma discussão sempre recorrente (redundância necessária), ou seja, passamos boa
parte do tempo discutindo o que é melhor, o magnânimo chopp ou a estupenda
cerveja? Só pra variar, depois de umas duas ou três rodadas, pra se ter certeza
melhor do voto de cada um, acabamos por não chegar a conclusão nenhuma, o que
nos resta a dizer que ficou pra alguma outra noite essa dúvida cruel. Quem sabe
pra uma daquelas noites verão!?
Enquanto devaneávamos sobre a dúvida
cartesiana do “chopp ou cerveja”, na mesa ao lado, um casal muito do
cara-de-pau trocou o chopp mais cremoso da cidade por (pasmem!) uma Coca-Cola e
dois canudos! Nacredito! É o cúmulo do casal ‘perdedor’: sair pra tomar uma
“coquinha no canudinho” e DR a noite toda (leia-se “dê érrê”, ou o popular “discutir
a relação”), em meio aos palitinhos da batata frita.
E já que falávamos de “dê erre”,
e nos lembrando de que macho-alfa não pode “emboiolar” (se que vocês me
entendem?), e ante a tudo que já havíamos bebido, veio a dúvida que não quer
até agora calar: existe “gay-alfa” ou “lésbica-alfa”? Mistério! A dúvida é
relevante se levarmos em consideração que, embora na condição machos-alfa, somos
sabedouros de que as mulheres que costumam mandar nas relações (se non é
vero!?), mas e se o gay-alfa tem um “quê” de bicho-fêmea, então qual das duas,
ops, dos dois manda na manada? Hum... isso deve ser igual o tal do “sexo dos
anjos”, ou seja, anjo é anjo, ponto final e não se fala mais nisso.
Levantem o copo na altura dos
olhos e bradem a última rodada: Saúde aos ébrios de coração (nada de beijinho
no coração heim!) e, já que incertos todos os dias,
certeza mesmo somente nas nossas noites num boteco qualquer”!
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